sábado, 28 de agosto de 2010

O Show de Truman - Resenha.

O filme “o show de Truman tem como tema central o uso da mídia e de tecnologias e o quanto ela pode influenciar no comportamento e escolhas das pessoas, além de explorar a questão da privacidade, como por exemplo o que acontece atualmente em um reality show como Big Brother.

O que difere no filme é que Truman, personagem principal do filme não sabe de nada, inocentemente é exposto desde seu nascimento por mais de 5.000 câmeras de um estúdio grandioso comandado por Cristof, que tem como interesse reproduzir a vida de Truman 24 horas por dia num canal de TV paga.

Plínio Meirelles destaca ainda algo muito curioso sobre o nome dos dois artistas principais:

Truman por exemplo é uma união das palavras “True” e “Man” que em inglês significam “homem verdadeiro”. E Christof, o diretor, é derivado da palavra “Christ” ( ou “Cristo”) como se ele fosse o verdadeiro Deus deste mundo por ele criado.”

Para que o programa aconteça Truman é rodeado de pessoas, atores que fazem de tudo para mantê-lo na cidade, onde estão instaladas as câmeras, só Truman é real, seu emprego foi combinado, seu casamento é falso, e até seus amigos assinaram um contrato para colaborar com a rede que transmite o programa.

O filme nos mostra duas perpectivas: a de Truman e a dos telespectadores:

Truman encontra-se em conflito após perceber seu nome numa programação de rádio enquanto anda de carro e ouve a descrição de tudo o que está fazendo; depois as tentativas de sair da cidade que sempre fracassavam: o ônibus quebra, um vazamento na usina nuclear; uma câmera que cai do céu e o grito de socorro de Meryl (esposa) durante uma briga...Todos esses fatos foram fazendo com que ele ficasse confuso e que percebesse que algo estava errado, mas o que seria? Truman passa a desconfiar de tudo e de todos.

Já os telespectadores são levados por um modelo de consumismo a adquirir os produtos utilizados por Truman e não se preocupam com os sentimentos de um ser humano aprisionado pelo programa. Ainda assim não perdem um episódio, acompanham até mesmo nos seus trabalhos, numa audiência inexplicável.

Depois de muito lutar para descobrir a verdade e de muita resistência da equipe de Christof, acontece algo espetacular. Nós enquanto telespectadores, que ficamos irritados o filme todo, com raiva dele por manipular Truman em sua privacidade e liberdade somos tomados por um sentimento de compaixão, pena, dó, pelo “grande criador” e acabamos assumindo todo aquele sentimentalismo, como se realmente ele fosse bondoso e de boa intenção.

Para nós fica uma grande reflexão: O que nos leva a querer saber a vida alheia, a copiar, a apropriar de tal comportamento? Um beijo, um abraço, um emprego, será que não damos conta que nossa vida real pode servir de grande exemplo e que também podemos estar sendo observados cotidianamente?

É importante que busquemos como Truman nossa verdadeira Liberdade!


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